13 de fevereiro de 2012

Luminárias e porta-retratos.

Sob a luz de uma luminária, um acústico ao fundo e um porta-retrato com sua foto ao lado fico pensando as mais improváveis situações que poderíamos ter usufruido. 
Sinto falta das tardes no parque que não existiram e dos filmes que assisti com sua presença inventada. Guardo com cautela em meus pensamentos aquele jantar à luz de velas plagiando um filme qualquer ou até mesmo aquele diálogo meloso brindado com uma taça de vinho. 
Faço os planos de nossa casa, nossos filhos e nossos bichos de estimação. Te imagino sorrindo com o pôr-do-sol ao fundo e com a brisa bagunçando seu cabelo. Nos imagino na frente do espelho, desvendando os mistérios do presente, passado e futuro que passamos, juntos. 
Faço versos e rimas na espera. Olho novamente para o porta-retrato e sei que você está ali. Não importa como, mas está. 
Seja ali ou aqui, dentro de mim onde prefiro te levar. No meu porta-retrato vivo, ilusório e paciente. 


Nathalia
sob a luz de uma luminária.