4 de setembro de 2011

Terreno incerto

Às vezes, a vida nos prega umas peças que se tornam ligeiramente um verdadeiro tapa na cara.
É aí, que passamos a valorizar o que antes não tinha valor e enxergar que tudo aquilo que era vangloriado, não tinha nem uma pequena porcentagem disso.
Dentro de um silêncio, me acalmo e esqueço as obras que o acaso reservou dentro dessa vida.
Me recordo repentinamente de laços fielmente atados, que logo foram cortados.
Tenho a sensação de andar na contramão e ainda assim, estar fazendo o certo.
Muitas vezes, me domino do que não me pertence, mas mesmo assim, sigo e mantenho a cabeça firme, com um foco e alguns sonhos colecionados.
Por mais careta, brega e invejável que seja... É sincero e disso não abro mão.
Já dizia Lya Luft: "A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura."
E são nesses requisitos, que procuro viver de hoje em diante, a vida... Essa fantástica viagem em que só estamos de passagem.


PS: Nesta semana, dois amigos encerraram suas missões nesta vida. Com tudo isso, só me restou refletir ao ponto de que nada adianta viver em vão e levar comigo uma pobreza de espírito. Que os sentimentos mais nobres permaneçam aos sábios. Estejam em paz.


Nathalia
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